quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O QUE ACONTECEU NA ESCOLA?


O QUE ACONTECEU NA ESCOLA?
por Sheryl Pedersen
06 de setembro de 2010





Um evento traumático que aconteceu quando eu frequentava uma escola pública, aos meus 10 ou 11 anos de idade, tem sido parte do que me faz ficar travada, sem progredir no trabalho que eu vim aqui para fazer.

Mencionei isto numa postagem anterior, mas na época, eu não quis contar o que realmente aconteceu. Por quê? Porque eu estava desconcertada.

Parecia ser simples o que aconteceu. E seria chocante perceber como isto pôde me afetar tão dramaticamente por quarenta anos, mas afetou.

Hoje, eu decidi compartilhar isto para ajudá-los a entender como situações passadas podem nos afetar por tanto tempo, até que dispensemos um tempo para olhar o que aconteceu e como o fato nos afeta e tomarmos alguma providência para produzir uma mudança.

Eu lido com essas coisas utilizando o Realinhamento Emocional.
Vou lhes passar a minha sessão pessoal desta semana para lhes dar uma ideia de como funciona.

Eu começo com a minha atual situação, que era a minha relutância para sair do armário como uma intuitiva e mentora e começar a usar meus dons para ajudar outras pessoas como eu que querem passar a viver integralmente a vida no propósito - que para mim significa fazer este trabalho.

Então eu uso as minhas listas de palavras para ajudar na identificação da raiz do que está ocorrendo.

Então utilizo o teste muscular usando meus dedos para identificar as palavras que representam a questão, mas utilizar um pêndulo ou outra ferramenta intuitiva funciona também.

Há então as etapas que eu vou passando...

1. Identificação dos medos principais - eu mesma e não ser clara.
Então eu uso essas palavras e defino o que eu temo - "Eu tenho medo de não ser clara, não ter uma orientação clara sobre o que fazer. Eu tenho medo de confiar em mim para saber e fazer a coisa certa."

2. Identificação dos sentimentos principais - julgamento e desamor.
"Eu me julgo. Eu não me sinto confiante e capaz. Eu não me amo como eu sou. Eu quero ser diferente para que os outros me aceitem."

3. Identificação da reação que eu tenho quando esses medos e sentimentos são ativados - procuro me repreender e sinto-me responsável.
"Eu me deprecio. Eu me sinto responsável por tudo que não dá certo. Eu me sinto responsável por fazer direito para que as outras pessoas fiquem contentes."

4. Identificação do resultado desta reação - desconhecimento e opressão.
"Eu não estou ciente de que meu trabalho está ajudando os outros e é importante porque eu somente interiorizo os comentários negativos e não os cumprimentos. Quando eu assumo a responsabilidade através das reações dos outros quanto ao meu trabalho, sinto-me oprimida e desisto."

5. A próxima etapa é juntar toda essa informação e identificar a crença que você tem sobre si mesmo e sobre sua vida em relação a este tipo de situação.
"Eu realmente não tenho capacidade de ter um negócio de sucesso. Eu não sou boa o suficiente para fazer este trabalho e é muito arriscado."

6. Então vem a identificação do que você realmente quer - paixão e confiança - "Eu quero me sentir apaixonada por todo o trabalho que estou planejando fazer e estar confiante de que eu tenho todos os dons, habilidades e capacidades para ter sucesso total."

7. Identificação do que está bloqueando você de ter o que deseja - sua desculpa favorita - insegurança e vontade - "Eu não me sinto confiante e não me sinto capaz. Eu não me comprometi totalmente para fazer este trabalho."

8. Identificação de um evento significante na sua vida em que você adquiriu esta crença e esse padrão de resposta.

Aqui está como aconteceu comigo.

Na aula de Arte, no quinto ano, nós rodamos pela classe uma folha de papel e todos os alunos puseram um traço na folha de cada um dos outros.

Quando minha folha voltou para mim, estava cheia de linhas que resultavam em figuras. A nossa tarefa era então preencher cada figura para produzir nossa obra de arte.

Até aquele momento, eu tinha sido uma garota muito criativa que tinha confiança em minhas habilidades artísticas. Era uma área da minha vida em que eu me sentia capacitada - até aquele dia.

Eu estava preenchendo minhas figuras com uma variedade de padrões como corações, círculos, quadrados e coisas assim. Numa das figuras eu produzi uma forma nova que parecia com um X com linhas extras. O que eu não sabia naquele momento é que isso se chamava suástica, o símbolo que os Nazistas usavam. Eu nunca tinha ouvido falar nisso.

Minha professora viu e ficou realmente furiosa e começou a gritar comigo e a dizer um monte de coisas grosseiras a meu respeito. E a pior parte foi que um garoto por quem eu tinha uma queda começou a falar sobre seu pai e sobre os horrores da guerra.

Eu realmente não entendia que crime horrendo eu havia cometido sendo criativa. Simplesmente entendi a mensagem de que eu fizera algo terrivelmente errado e que eu era uma pessoa horrível. Eu comecei a chorar e não conseguia parar.

Eis a visão panorâmica - eu era uma garotinha tímida e amedrontada que lutava com a escola fazendo tudo o que os professores esperavam de mim para evitar qualquer tipo de problema. Eu visava a perfeição em tudo que eu fazia para que fosse aceita pelos outros e me sentisse segura.

Consigo me lembrar somente de um único outro incidente na escola primária em que tive problema por causa de alguma coisa que fiz. Eu tinha muito cuidado em me comportar adequadamente. E eu venho de uma família em que ser emocional abertamente não é aceito.
Era uma coisa vergonhosa fazer algo tão horrível como chorar em público, principalmente na frente de quem estava no mesmo nível que eu. Eu fazia tudo que era possível para me adequar e chorar na frente da classe toda não era aceitável.

Eu não me lembro muito do que aconteceu após este incidente quando comecei a chorar e me sentir tãooooooo envergonhada de mim mesma. Eu tenho o dom da dissociação e não armazenei o resto da história.

Aparentemente eu não fui à escola por muitos dias porque eu não conseguia manter minhas emoções sob controle e eu estava com muito medo de voltar às aulas além de também estar muito envergonhada por ter sido tão má.

9. A próxima etapa é trabalhar com essa sua parte infantil que foi traumatizada e fazê-la descrever sua experiência, o que ela aprendeu com isso e o que ela precisava na época. - Eu aprendi que ser criativa não é seguro. Para estar segura, eu precisava sempre saber exatamente o que se esperava de mim o tempo todo para que eu pudesse me comportar do modo como era esperado que eu me comportasse. Se eu fizesse alguma coisa que as outras pessoas desaprovavam, como cometer um erro ou chorar em público, isso era uma coisa vergonhosa que provava que eu era uma pessoa horrível, tal como a professora me disse que eu era.

Há tanto um processo escrito quanto uma processo pictórico orientado para curar a sua parte infantil que aprendeu a acreditar em uma inverdade e começar a repetir inconscientemente um conjunto de padrões de sobrevivência para encarar situações similares.

10. Identificação de como sua atual situação tem similaridade de alguma forma com este evento passado. Então use o processo escrito para entender como o padrão que é desengatilhado está sendo repetitivo atualmente.

Para mim, foi uma questão de não me sentir confiante ao tentar algo novo em que eu não saiba o que as outras pessoas esperam de mim.

Tenho medo de cometer um erro e me meter em encrenca.
Sinto-me responsável quando alguém se aborrece e crê que é culpa minha.
Sinto-me tão esmagada pelo sentimento e pelo medo, que eu simplesmente desisto para evitar me sentir mal.

Este padrão tem governado minha vida há tanto tempo e com este conhecimento de sua origem e de como me afetou, agora eu posso fazer alguma coisa quanto a isto e seguir em frente.

A etapa final é voltar a enfocar aquilo que você realmente quer, quais a desculpas que você está usando para não ter o que quer e formular um plano de ação para sair do padrão e entrar num novo modo de ser.

Este foi o meu plano:

1. Avançar, acertar meu website e começar a trabalhar com as pessoas, mesmo se me sinto incerta e temerosa - agindo e provando que nada terrível pode acontecer, o medo desaparece.

2. Valorizar meu tempo e minha habilidade e não julgar meu trabalho inferior porque ele não é.

3. Estar consciente dos sentimentos que surgem e das desculpas que eu crio para me manter travada.

4. Fazer postagens no blog com mais frequência, começar meu newsletter e me comprometer em fazer este trabalho - sem desculpas.

5. Aceitar o retorno positivo que recebo e não me sentir responsável por como outras pessoas escolheram sentir ou pensar do meu trabalho.

Um incidente simples na escola criou o palco para esta vida de ser temerosa.

Passar por este processo que lhes apresentei tem me dado compreensão, coragem e o plano de ação para me mudar para uma nova vida.

Este é o poder do Realinhamento Emocional e o porquê de eu acreditar tanto no valor deste trabalho.

Bênçãos,
Sheryl



Fonte: http://spiritspeaksblog.wordpress.com/

Tradução: SINTESE
http://blogsintese.blogspot.com/

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