sábado, 1 de agosto de 2015

O DIÁRIO – PARTE 1 – POR UMA COM MUITOS NOMES

Por Suzanne Lie PhD
Em 27 de julho de 2015



Queridos Leitores
Por causa dos campos de energia que em breve entraremos, eu decidi postar meu último livro, O Diário. Este livro é a história de como as pessoas comuns mudam quando lhes é dada uma informação extraordinária. Eu vou postar aos poucos entre minhas outras postagens.

Eu estou escrevendo esse livro com as instruções de que era para juntar TODAS as minhas canalizações e colocá-las em ordem. A estória de Beverly, Lisa e outras conforme o livro continua, é a narrativa que está levando toda essa informação canalizada a UMA informação coesiva.

Eu sei que muitos de vocês também se comunicam com suas expressões superiores, então eu os convido a fazer a mesma reunião de muitas mensagens em UMA. É o AGORA de reunir o UM, então nós somos convocados para juntar todas as nossas “peças do quebra cabeça” individuais de informação, experiências e pessoas em UM representante para a Terra pentadimensional.

Espero que vocês gostem desse projeto e verifiquem a próxima edição. Eu agradeço à Debbie e à Pamela da Austrália por sua edição.

INTRODUÇÃO
~ Lisa Encontra o Diário ~

~ LISA ~
“Há duas semanas tenho tentado contatar minha mãe”, Lisa disse para si mesma enquanto ELA desligava o telefone. Ela tentou repetidamente contatar sua mãe e esta não atendeu ao telefone, não respondeu seus e-mails ou o Skype.

“O que ela anda fazendo?” Lisa murmurou para si mesma. “Acho que terei de ir até lá e descobrir. Isso significa eu ter outro confronto com meu marido sobre minha mãe ‘esquisita’.”

“As crianças estão na escola, então terei de arrumar alguém para buscá-las e ficar com elas até meu marido vir para casa. Que amolação!” Lisa continuou seu diálogo interno ou ela estava falando alto?

“Por que ela simplesmente não se comunica comigo? Eu sei que não nos vemos olho no olho já faz um tempo, mas uma pequena comunicação por parte dela ajudaria muito o nosso relacionamento. Quer dizer, isso se nós tivermos um relacionamento.” Lisa disse tão alto que ficou sabendo que estava realmente conversando com ela mesma.

Que mais ela iria fazer? Com certeza ela não conseguiria entrar em contato com sua mãe. Verdade seja dita, ela não tinha tentado contatar muito sua mãe até agora. Sua mãe falava tanta coisa esquisita ultimamente que Lisa se viu evitando contatá-la.

Então, quando finalmente ela telefonou, sua mãe não respondeu. Na verdade, sua mãe não estava em lugar nenhum. “Meu marido vai ficar muito aborrecido com isso”, Lisa disse para si mesma. “Ele realmente já está farto da minha ‘mãe maluca’, como ele gosta de chamá-la”.

Lisa tentou contatar sua mãe por mais dois dias. Por fim, ela não podia esperar mais. Ela confrontou seu marido, arrumou a baby-sitter e partiu às 5 da manhã na viagem até a casa de sua mãe. Ela disse ao marido que sairia àquela hora para evitar trânsito, mas ela realmente queria evitar outro confronto com o marido e as muitas perguntas dos filhos.

Pela mesma razão ela dormiu no quarto de hóspedes e disse ao marido que era para não acordá-lo. Na verdade, ela não queria “dormir” com ele. Faz tempo que o sexo tornou-se uma tarefa, e quanto mais ela desgostava, mais frequentemente ele queria.

Se Lisa pudesse dizer a si mesma a verdade, o que ela tem evitado por muito tempo, ela era infeliz no seu casamento e precisava conversar com sua mãe esquisita, mas amorosa. Se Lisa pudesse dizer a verdade para si mesma, ela teria que admitir que sua melhor amiga estava íntima demais de seu marido.

Já que ela não podia nem admitir muito isso, ela podia mais facilmente deixar passar todos os sinais óbvios do olhar vago de seu marido. “Não”, Lisa gritou, ao colocar de lado a evidência óbvia e escolhendo viver a mentira. Entretanto, quatro horas sozinha, dirigindo um carro, tornaria muito difícil ignorar.

Quando ela chegou à casa da mãe, ela estava furiosa, em prantos e muito aliviada por estar em um ambiente seguro. Entretanto, era um ambiente vazio. A casa estava arrumada e limpa como sempre, mas as plantas tinham sumido, o gato não estava lá e a casa parecia vazia de toda vida.

Nada de mãe, nada das plantas abundantes, nada do gato, janelas fechadas e todas as portas trancadas. O jardim estava um pouco crescido, mas regado pelos pulverizadores. A geladeira estava cheia de comida vencida e o pão no armário estava coberto de bolor. Agora Lisa estava ficando preocupada.

Ultimamente era tão raro falar com a mãe que ela nem sabia como entrar em contato com os amigos de sua mãe. Isso se ela tivesse algum. Verdade seja dita, Lisa ficou contente quando seu marido aceitou um emprego mais ao norte e eles tiveram que se mudar. Ela não conseguia entender sua mãe. Agora ela tinha desaparecido, justo quando Lisa finalmente estava pronta para conversar com ela.

“Como ela pôde simplesmente desaparecer?” Lisa gritou após ter vasculhado todas as áreas da casa e o jardim. O carro estava na garagem e a bolsa de sua mãe com a carteira dentro dela estava ao lado de sua cama que não mostrava sinal de uso recente. Talvez houvesse uma pista no escritório dela, onde ela se fechava por horas para meditar ou escrever ou o que fosse que ela fazia, pensou Lisa enquanto se encaminhava para os fundos da casa.

Lisa quando adolescente sentia-se envergonhada com o comportamento de sua mãe e nunca trouxe seus amigos em casa. Lisa era mais parecida com seu pai, que as deixou porque sua mãe era tão estranha. Agora a mãe estava causando problemas no casamento de Lisa. Talvez a resposta esteja no escritório, ela pensou enquanto se encaminhava para aquela sala.

Quando Lisa abriu a porta para entrar no escritório, ela sentiu um arrepio repentino. O que isso estava dizendo “como alguém andando sobre um túmulo”? “Ah, meu Deus”, Lisa gritou, “e se ela estiver morta?”

Felizmente não havia cadáver e NEM mãe. A sala estava arrumada, muito mais arrumada do que Lisa o vira durante muito tempo. Na verdade, a escrivaninha de sua mãe, que normalmente era uma bagunça de papéis, estava totalmente limpa exceto por um fichário triplo tão cheio que estava para arrebentar.

Quando Lisa hesitantemente foi até a escrivaninha, ela viu um envelope com seu nome datilografado sobre o fichário. Ela pegou nervosamente o envelope, abriu-o e começou a ler a nota de sua mãe.

~ DIÁRIO DE BEVERLY ~
Minha querida Lisa, eu sinto muito por não ter sido capaz de lhe dizer isso pessoalmente, mas havia muito para dizer e pouco tempo para dizer. Portanto, eu deixei este diário que descreve claramente o que estava ocorrendo em minha vida.

Meu desejo era ter compartilhado com você, mas você deixou muito claro que não quer ouvir sobre os meus encontros “estranhos” com o que você chama de “o desconhecido”. Eu tentei lhe dizer que nunca foi desconhecido para mim, mas quando eu dizia você ficava furiosa.

Eu sei que você culpa meu comportamento por seu pai ter nos deixado quando você só tinha dez anos, mas eu não queria que ele partisse tanto quanto você. Eu também sei que eu era uma vergonha para você quando era adolescente. Eu sinto muito não ser a pessoa que você precisava que eu fosse.

E principalmente, eu sinto muito por nunca encontrar um modo de compartilhar minhas experiências com você que não lhe aborrecesse ou deixasse zangada. Eu espero que você encontre esse diário em que eu reconto tudo que esteve acontecendo em minha na ordem em que aconteceu. Talvez, quando você ler em seu próprio tempo, você possa começar a entender por que eu desapareci desta maneira.

Por favor, lembre-se de que eu a amo muito e espero que possamos recuperar nosso relacionamento. Por favor, não corra para telefonar para a polícia antes de ler isto. Após ter lido este diário, nós até podemos ser capazes de nos comunicarmos.
Eu amo você,
Mamãe.

~ LISA ~
“O quê?!” gritou Lisa. “Você espera que eu leia esse diário bobo antes de chamar a polícia para descobrir onde você está?”

Lisa estava tão zangada que violentamente empurrou o diário para fora da mesa que ao cair no chão o fichário se abriu espalhando as páginas por toda a sala. Lisa ficou horrorizada. Ela finalmente encontrara uma pista para o desaparecimento da mãe e ela simplesmente a espalhara pelo chão. Ela estava tão aborrecida que se sentou na cadeira mais próxima e chorou compulsivamente.

Lisa chorou todas as lágrimas que ela não permitia quando via o olhar de seu marido quando sua amiga aparecia, ou como sua “amiga” olhava para o chão. Ela chorou as lágrimas que ela afastou durante suas quatro horas de viagem para cá sozinha. Então, quando ela se lembrou da expressão de alívio que ela vira no rosto de seu marido ao dizer que precisava deixar a cidade, ela ficou quase histérica.

Ela precisava da mãe para conversar AGORA. Mas ela estava ali para ela? NÃO! De novo ela estava absorvida em seu próprio eu e em sua própria esquisitice em que estava envolvida. Como sua mãe pôde deixar esse livro bobo ao invés de ligar e falar com ela? Mas essa pergunta recordou Lisa que ela não respondeu uma ligação de sua mãe já fazia um bom tempo.

Ela andava “ocupada” e retornaria, mas nunca retornou. Lisa disse a si mesma que era porque ela estava farta das ideias de sua mãe. Mas, a verdade era que sua mãe sempre pôde ler sua mente, e ela não queria que a mãe lhe dissesse o que ela não estava preparada para encarar.

Durante sua viagem de quatro horas sozinha no carro ela “inconscientemente” decidira conversar com a mãe sobre seu casamento. Ela até estava preparada para pedir ajuda. “Mas NÃO”, Lisa gritou para a sala vazia, “Eu finalmente estou preparada para conversar com ela e mamãe está envolvida em seu próprio eu – de novo!”

Lisa dramaticamente deixou-se cair no chão e soluçou em pranto. Ela chorou porque seu casamento estava acabado, sua vida estava uma bagunça, sua mãe sumira e ela estava totalmente sozinha. Entretanto, estar sozinha era o que ela realmente desejava. Ela precisava sair da negação e entrar na verdade. Essa era a razão real de ela viajar até a casa da mãe.

Entretanto, sua mãe não estava lá e não estava já fazia algum tempo. Talvez ela devesse ter respondido a alguns dos telefonemas, e-mails e cartas de sua mãe. Talvez ela devesse ter apenas ouvido a si mesma, Lisa pensou enquanto as lágrimas haviam terminado e ela se sentou no chão e olhou para os papéis espalhados pela sala.

Levou uma hora para Lisa recolher as páginas, que felizmente estavam numeradas e colocá-las de novo no fichário. Ela já tinha se acalmado. Ela foi para a cozinha e por sorte encontrou algum café, sentou-se à mesa da cozinha, onde normalmente ela fazia a lição de casa quando era criança e começou a ler o diário.

Parte 1
Mytria e Jaqual

I
O DIÁRIO
~ O Segredo de Beverly ~

~ DIÁRIO DE BEVERLY ~
Olho pela minha sala e vejo que ela está cheia de formas-pensamento. Esta é a minha sala de meditação, onde eu escrevo, desenho, medito e me engajo em uma busca contínua pelas realidades dimensionalmente superiores. Tenho descoberto muito poucas vidas dimensionalmente superiores e também algumas vidas dimensionalmente inferiores que não foram muito agradáveis.

Entretanto, minha orientação interior me diz para ficar com todas elas, superiores e inferiores, até elas me contarem sua estória inteira. Entenda que tenho vindo a este planeta desde que Gaia pediu por assistência durante a queda de Atlântida. A escuridão havia tomado Seu corpo planetário e a Terra estava saindo de seu eixo.

Portanto eu, e muitos outros, cada um forçando (e quero dizer forçar) nossa consciência em unidade com a dos muitos que estavam morrendo na época do desaparecimento de Atlântida. Nós nos voluntariamos para fazê-lo porque nos oferecemos para trazer nossa luz multidimensional para assistir Gaia. A Terra manteve sua integridade, quase, mas a queda dimensional de Gaia pousou na terceira dimensão mais baixa.

A frequência tridimensional de realidade era tão profundamente polarizada que por inúmeras encarnações a maioria de nós, inclusive eu, ficou perdida nas ilusões dessas dimensões inferiores de realidade. Felizmente é o AGORA de nosso despertar pessoal e planetário.

As forças da escuridão estão bem atentas a esse fato e tentam tudo que podem para nos amedrontar e nos trazer de volta à subserviência. É por essa razão que resolvi escrever este diário. Minha intenção é publicá-lo, ou talvez apenas carregá-lo na Internet.

Não tenho certeza do que o futuro tem para mim, e é por isso que preciso observar muito do que eu considerava ser meu passado. Entenda que Gaia agora está expandindo Sua frequência para as dimensões mais altas de que Ela caiu. Ela esperou o quanto pôde pela humanidade. Seus elementais estão preparados, Seus vegetais estão preparados e Seus animais estão preparados.

Entretanto, a mesma coisa que tornou a humanidade a espécie mais poderosa do planeta é exatamente a coisa que está causando nosso desaparecimento. Eu queria poder identificar exatamente qual é essa “coisa”, mas não consigo. Portanto, vou combinar tudo que aprendi das muitas encarnações e realidade que meu cérebro 3D pode acessar.

Claro, não estou mais limitada ao meu cérebro 3D, pois muitas décadas de meditação, oração e convicção em minha “imaginação” abriram minha consciência para percepções além da minha realidade física. Essas percepções finalmente me trouxeram a primeira paz real de que posso me lembrar, mas elas também me isolaram de praticamente todos que eu conheço.

Eu espero que algum dia minha filha possa ler este diário, e é por isso que o estou deixando na escrivaninha do meu escritório. Se alguém se importasse em descobrir o que aconteceu comigo, seria ela. A realidade é que nem eu estou certa do que aconteceu comigo. Eu sei que fico saltando para frente e para trás no tempo desde o início do diário até o fim do diário, mas, de fato, esta é a minha vida.

Já que sinto que estou no final, apesar de que não ter certeza do que está terminando, eu preciso voltar ao início, que tem que ser a minha infância. Há inúmeras realidades que nos cercam em todos os momentos de nosso dia. Todas elas podem ser penetradas através das muitas formas-pensamento flutuantes de que eu falei.

Nós nos esquecemos de que nossa consciência é a chave que abre a passagem para qualquer realidade que escolhermos. Na verdade, a maioria de nós esqueceu que havia inúmeras realidades. Quando crianças, essas realidades interiores eram acessíveis, pois elas eram “apenas a nossa imaginação”. Mas quando nos tornamos adultos, tivemos que pôr de lado essas outras realidades porque a realidade física que estávamos vivendo era opressora.

Além disso, somente as pessoas “malucas” podiam ver e interagir com outras realidades. Portanto, nós nos esquecemos de que podíamos escolher nossa realidade. Nós aceitamos as mentiras com que éramos alimentados por aqueles que procuravam controlar e possuir ao invés de amar e criar.

Nós tentávamos controlar nossa vida para que “eles” não nos controlassem. Entretanto, o controle em qualquer forma é uma armadilha, pois nós não podemos controlar e entregar ao mesmo tempo. O controle é o mecanismo da terceira dimensão, enquanto que a entrega abre o caminho para os mundos superiores.

Portanto, por controlar nossas vidas, nós somente enxergamos as opções e soluções tridimensionais para as nossas situações tridimensionais. Essas opções não eram suficientes para mim, mas estou saindo da sequência outra vez. Eu preciso voltar ao início, minha infância, e escrever esse diário em alguma forma de sequência vinculada ao tempo, ou ninguém irá entendê-lo.

~ LISA ~
“Você está tão certa, mãe”, lamentou Lisa. “Mas ainda não a entendo. E cadê você?” Lisa falou alto sem querer gritar. “Eu viajei quatro horas até aqui para conversar pessoalmente com você e o que tenho é um diário. Meus filhos estão com o pai, que pode aceitar minha ausência por um tempo. Além disso, a comida que deixei para eles irá acabar.”

“Onde você está? Tive uma briga enorme com meu marido para poder vir até aqui e apelei para as minhas economias para ajudar meus filhos. Como você pôde ser tão egoísta? Eu sei que éramos próximas quando eu era novinha, sendo filha única e tal. Entretanto, assim que parei de acreditar nessas suas coisas esquisitas, nós começamos a nos separar cada vez mais.”

Lisa estava muito zangada, mas também havia um pouco de medo em sua voz. Reconhecendo inconscientemente o medo, Lisa voltou à leitura na esperança de encontrar alguma pista de sua mãe. Ela bebeu mais alguns goles de café e voltou à leitura.

~ DIÁRIO DE BEVERLY ~
Você poderia dizer que eu fui uma criança com grande imaginação. Na verdade, eu vivia tanto na minha imaginação que às vezes ficava confusa sobre qual mundo era o mundo real. Foi aí que vi as formas-pensamento. Eu não entendia que eram formas-pensamento. Para a minha realidade infantil, esses momentos de comunicação com outra realidade eram mais reais do que minha vida diária.

Na minha vida diária eu era apenas uma criança normal que não era muito esperta, muito bonita, muito inteligente ou qualquer outro muito. Mas quando portais invisíveis dentro da minha mente de repente, ou lentamente, se abriam, eu não era mais uma criança. Eu era um Americano Nativo cruzando as planícies em um pônei Pinto. Eu era um menininho atravessando a América numa carroça coberta. Eu fui uma Sacerdotisa em um local distante chamado Atlântida ou um rapaz navegando uma nave espacial.

Todas essas formas-pensamento flutuavam ao meu redor. Só o que eu precisava “fazer” para entrar em uma forma-pensamento era permitir meus pensamentos e sentimentos fluírem para esse mundo por sentir as emoções daquele “eu” e ter os pensamentos “daquele” eu. Claro, como criança, eu não sabia que era uma forma-pensamento. Na verdade, eu não fazia ideia do que era, mas, como uma criança, eu não me importava.

De fato, eu sentia que se contasse a alguém o que eu vivenciava, meu portal secreto fecharia e eu seria “atirada à deriva em um planeta hostil”. Eu sei que esta declaração parece extrema, mas era exatamente como eu sentia. Se na época tivessem falado sobre terapia, eu teria ido. Isto é, claro, se eu tivesse contado a qualquer um sobre minha vida secreta, o que eu nunca fiz.

Felizmente, havia essa presença flutuante e nebulosa que sempre estava comigo quando eu entrava nesses mundos e que me dizia para não contar a ninguém o que eu estava fazendo. Esse ser nebuloso cintilante era grande demais para ser uma forma-pensamento e ele parecia diferente. Essa presença não era como a forma-pensamento que se tornava um portal se eu abrisse e entrasse. Eu não entrava no ser nebuloso flutuante, mas ele entrava em mim.

Quando o ser flutuante entrou em mim, senti-me tão maravilhosa, pura, honesta, invencível e segura. Mas ele não entrava em mim tão frequentemente. Ele normalmente apenas me orientava e me ajudava a entrar no que era chamado de “formas-pensamento”. Meu amigo nuvem foi quem me ensinou que se eu pudesse acreditar e entrar nessa forma-pensamento, essas formas-pensamento se tornariam portais para outros mundos.

Toda essa “imaginação” e amigo flutuante estavam bem enquanto eu era uma criança, mas como adolescente eu comecei a mudar. Eu não quis mais brincar com meu amigo flutuante e entrar em portais maravilhosos que ele me apresentava como formas-pensamento. Eu estava me tornando uma mulher e precisava de um namorado para provar isso. Então, meu amigo flutuante foi posto de lado, tal como uma boneca velha que eu adorava enquanto criança.

Eu estava velha demais para toda essa tranqueira de imaginação. Então, eu parei de prestar atenção às formas-pensamento flutuantes e ignorei meu amigo nuvem. Afinal, ele era somente para criança, e eu estava crescendo. Foi exatamente aí que eu fiquei MUITO deprimida! Essa depressão me seguiu por muitos anos de minha vida.

Eu me esquecia das formas-pensamento e muito frequentemente me esquecia de meu amigo nuvem. Eu estava ficando adulta e tinha de me comportar adequadamente. Mas chega de me tornar um adulto: eu disse que começaria pela minha infância e assim farei.

~ LISA ~
Lisa parou com o Diário em um estado de espírito que ela não podia identificar. Ela queria estar zangada, mas, ao contrário, ela se sentia triste. Sim, era a vida de sua mãe que a fez sentir-se triste. Sua vida era boa, de fato, era feliz. O único problema era que ela tinha viajado tanto até ali para descobrir onde estava sua mãe maluca.

Bem, talvez sua mãe não fosse tão maluca. Talvez ela tenha pensado isso porque estava muito zangada com ela por não estar ali. Na verdade, por não estar presente tantas vezes quando ela precisava de alguém com quem conversar. Mas, com esse pensamento, Lisa começou a perceber que ela não falava com sua mãe já fazia bastante tempo.

“Pensar demais com um estômago vazio e sem dormir”, Lisa disse a si mesma. Ela podia ligar para seu marido e dizer a ele que ela chegara bem, mas não ligou. Ela não queria pensar por que ela não ligou para ele, mas ela ligou para sua amiga com quem estavam seus filhos. Seu marido provavelmente estava no trabalho ou em algum outro lugar, Lisa mentiu para si mesma.

Ela empurrou o diário e cruzou a cozinha em busca de alguma comida. Ela NÃO queria continuar com essa linha de pensamento. Ela encontrou alguma comida no congelador, que estava bem e coou mais café. Entretanto, após finalmente comer, nem o café conseguiu mantê-la acordada.

Assim, Lisa foi para o sofá para apenas deitar por “uns poucos minutos”. Ela acordou depois de horas. “Uau, que sonho”, ela comentou consigo mesma quando acordou. Felizmente ela esqueceu dele rapidamente.

Lisa tomou um banho demorado na enorme banheira de sua mãe e então se vestiu para ir a um restaurante e ter uma refeição decente. Ela estava para cruzar a porta quando voltou ao escritório de sua mãe e pegou o diário. Afinal, é gostoso ler alguma coisa enquanto você come em um restaurante.




Tradução: Blog SINTESE http://blogsintese.blogspot.com.br

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